O modo de se relacionar criada entre os seres humanos e os animais que os fazem companhia, como o cachorro e o gato, é acompanhada de diversas mudanças pela sociedade, dando aos animais a condição de membros da família, adentrando ao espaço familiar e deixando as ruas. Essa prática tem se tornado cada vez mais comum, bem como o de tornar consciente que a tutela de um animal também exige responsabilidades das pessoas que a adquire, pensando no bem-estar e saúde dos bichinhos. A sociedade ainda requer informações sobre como lidar com os animais, a fim de evitar descuidos, desamparos e negligência com os mesmos (LOURENÇÃO, BELIZARIO, 2016).
Segundo Estimação (2015) ao adotar-se um animal, temos uma prática mais racional, humanitária e correta quando desejamos ter um animal de estimação. São muitos os animais que se encontram atualmente nas ruas ou em abrigos que necessitam de uma adoção. Os abrigos recolhem esses animais, cuidam diariamente e os preparam para adentrar a um lar que os acolham e os deem o que as ruas e até mesmo os antigos donos não ofereceram: carinho, atenção, cuidado, amor.
Dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do ano de 2016, mostram ao menos 44% das casas no Brasil possuem um cachorro. Os números informam uma população de 52,2 milhões de cachorros que estão em algum domicílio. Ainda que pareça positivo devido ao número alto de animais, a realidade é outra. Ao mesmo tempo que, boa parte desses cães estão dentro de um lar protegidos, a OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra que mais de 20 milhões estão nas ruas do país, com doenças, maus tratos e com altas reproduções (GORAYEB, 2017).
MUDANÇAS DE VIDA: DO TUTOR OU DO ANIMAL?
Não é apenas a vida do animalzinho que muda, como também de quem o adotou. Conforme coloca Schultz (2013) ao adotar um animal, a vida do sujeito é provocada por situações na rotina, que são significativas e positivas, recebendo amor incondicional, companhia, ao modo em que o seu novo tutor lhe responda com bons tratos, cuidados, considerando uma adoção responsável. Essa prática se dá entendendo que, as visitas ao veterinário, tempo, atenção aos comportamentos, paciência são de extrema importância para o bichinho, seu bem-estar, tempo de vida e comportamentos. Cada animal possui a sua forma de agir, podendo ser aqueles que fazem as “necessidades” nos lugares errados; os que não gostam de passar muito tempo sozinhos; bem como os que choram à noite ou então latem para qualquer barulho.
Conforme destaca a Arca Brasil (2020) quando você adota:
- Você reduz o sofrimento dos animais que foram abandonados;
- Recebe amor incondicional;
- Ajuda as ONG´s e abrigos que recolhem, cuidam e buscam um lar para esses bichinhos, bem como abre espaço para animais que ainda estão na rua, mas não podem ser resgatados por falta de espaço;
- Terá ao seu lado um serzinho que fará o que puder para te proteger, ser leal;
- Te ajudará a desenvolver responsabilidades, entendendo que ao momento em que adotar, você é responsável pelo seu bichinho também, bem como o bem-estar diário do mesmo.
FAMÍLIAS MULTIESPÉCIES: UMA NOVA REALIDADE
Atualmente muitas famílias são constituídas apenas com a presença de animais, os quais os mesmos tomam o “status” de filho. As responsabilidades exigidas por um bichinho também são cabíveis, assim como de uma criança, entendendo que o animal também precisa de ensinamentos, a fim de se adequar ao local onde vive, as pessoas, sem deixar de exalar alegria, companhia as demais pessoas que adentrarem ao local, ganhando carinho, atenção, petiscos e amor.
Quando um animal é comprado, é movimentado um mercado de reproduções, maus tratos, podendo gerar mais abandono aos animais que não possuem “uma raça definida”, e a troca por aqueles que foram gerados em meio a reproduções exploradas e que são vendidos a preços absurdos (ARCA BRASIL, 2020).
ADOTAR: UM ATO DE AMOR
Por esse e tantos outros motivos, adote. Independente da condição do animalzinho, com ou sem comorbidades, se espelhe no sentimento e no quanto ele (a) tem a oferecer a você e sua família. O amor e o laço constituídos são extremamente fortes e o seu ambiente não será mais o mesmo. Tenha consciência das responsabilidades exigidas, tanto familiar, quanto legais, e não espere mais.
Na APAR de Ibitinga, você poderá encontrar seu animalzinho de estimação, ao qual são resgatados, cuidados (veterinários, medicamentos, alimentação, vacinas, cirurgias) e preparados para pessoas como você, que estão à procura de um (a) companheiro (a) e eles, de um lar seguro, responsável e quentinho.
“O povo que respeitar sinceramente os direitos, atribuíveis aos animais, respeitará melhor os direitos da humanidade” (Marco Antônio Azkoul)
Alini C. Ballera - Psicóloga
CRP 06/167941
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Veja quem já deixou a sua marca registrada na Apar através de patrocínios, doações, adoções e ajuda voluntária.
Adoção do Apolo
Larissa conta sobre seus animais adotados: Vivara (cachorra) adotada na Apar e Chanel (gato), adotado da rua.
A Marrie foi adotada na Apar em 2015 por Natália Alves.
O Raul foi adotado na Apar por Reginaldo Martucci e Marisa Santos