O auge da obediência de um cachorro, pela visão humana, é quando ele passeia sem coleira. Basta chamá-lo e dar algum comando, que ele atende. Melhor ainda se for aquele cão que não sai do lado do seu tutor, como se fosse uma sombra. Tudo isso em nome da "liberdade" do cão. Como se com a coleira ele fosse preso ou infeliz.
Mitos como esses devem ser quebrados.
É em nome da segurança e da liberdade do cão que devemos saber escolher as melhores ferramentas para eles.
Já adianto: não existe coleira e guia perfeita. Mas, há aquela mais adequada para cada perfil.
A coleira não serve para controlar o cão. Apenas para dar segurança em casos extremos, como sair correndo por medo ou para querer pegar algo. Mesmo o cachorro mais adestrado e obediente do mundo pode ter uma atitude impulsiva e atravessar uma rua, por exemplo.
Vamos começar pelo tipo de coleira para cachorro que eu mais gosto e mais indico: a peitoral. São diversos modelos, como os coletinhos, em H, aquela antiga de couro que fecha na barriga, a anti-puxão e até aquela em X que põe pelas patas.
De todas, a que eu acho mais segura é a em H com regulagem no pescoço e no tórax. Ela tem dois pontos de segurança e a chance de fuga é muito menor. Pode ser usada em qualquer raça ou tamanho de cachorro.
A mais famosa nos últimos tempos é a anti-puxão. Com engate na frente, no peito, ela dificulta o cão de puxar no passeio. Mas é aí que começa mais um mito das coleiras e guias.
Se o cachorro puxa no passeio, muitos profissionais indicam o enforcador ou guia unificada. Assim, toda vez que o cão puxar, ele recebe um tranco no pescoço.
Assim como a anti-puxão ou qualquer outro modelo, não é a coleira que ensina o cachorro a não puxar, mas o profissional. Já acompanhei muitos cães que usavam enforcador e puxavam tanto, que engasgavam.
Não podemos delegar o treino de um cão a uma ferramenta. Por isso, a coleira e a guia são apenas auxílios para evitar acidentes, não para ensinar o cachorro a passear.
"Ah, mas, e os cachorros gigantes ou agressivos?" você pode questionar. Eu realmente não vejo motivos para usar um enforcador. Se o tutor tem medo ou se sente inseguro de usar peitoral com o cão, podemos associar com a guia unificada para emergência. Mas a condução será feita pela peitoral.
Se o cão é imprevisível, agressivo ou puxa no passeio, mais uma vez: quem deve resolver isso é o profissional do comportamento, não a ferramenta.
Existe um tipo de coleira que pega no pescoço e focinho do cão, como se fosse um arreio de cavalo. A intenção é evitar que o cachorro puxe ou mesmo fique focado, olhando para frente. Eu, particularmente, não gosto dessa coleira, por ser bastante desconfortável ao cão. É preciso um treinamento prévio para acostumar o cão a usar a ferramenta.
Mas qual a melhor guia?
Também temos diversos modelos: guias super curtas, guias médias, guias bem longas e até a guia retrátil.
Como o passeio deve ser divertido para o cão, o ideal é que ele seja conduzido com uma guia longa, para que ele possa cheirar, andar, mudar de lado, se afastar e continuar a caminhar. O bom da guia longa é que ela encurta. O ruim da guia curta é que ela não alonga.
No caso da retrátil, ela é indicada apenas para cães tranquilos, que não puxam. São diversos os acidentes já relatados com cães e tutores que usavam a guia retrátil.
Resumindo: se seu cachorro puxa no passeio, procure um profissional do comportamento para ensiná-lo a já sair calmo de casa e manter-se tranquilo na rua. Dê preferência por uma coleira peitoral e uma guia longa, com pelo menos 2 metros.
Um último lembrete: quem educa o cachorro é o ser humano, não guia e coleira. O treino do passeio começa dentro de casa, não na rua. Se seu cachorro puxa, late ou tem algum problema durante o passeio, busque um profissional para lhe ajudar.
Autora: Luiza Cervenka
Retirado de: https://www.petlove.com.br/dicas/qual-melhor-tipo-de-coleira-para-seu-cachorro
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